The Player Behind The Character__
Player: Elisa
Idade: 19
Cidade: São Paulo
Já jogou com a Equipe Dissendium antes? Não...
Como descobriu o Poor Caravell? Google.
The Character__
Important things about
Nome Completo: Juliana Wollstonecraft Frick
Idade: 18
Data de Nascimento: 27/dezembro/2031
Nacionalidade: Alemã
Sangue: Puro
Particularidade: --
Photoplayer/Avatar: Chibi
Family and Others
Filiação: Jens Wollstonecraft e Liane Frick
Irmãos: Não há.
Outros Familiares: Apenas por parte de mãe, avó e duas tias solteironas (respectivamente: Inga, Helda e Jeanuse Frick)
Família (em caso de Herdeiros/Tradicionais): --
Fears & Defects
Manias: Embora nada na sua aparência declare isso e ela não tenha nenhuma mania absurda além de enrolar os cabelos quando está pensando, sua mania psicológica é terrivelmente mais grave. Juliana é uma mentirosa compulsiva, de tal maneira desenvolvida nessa prática que é impossível determinar se está dizendo a verdade ou não. É claro que ninguém sabe disso. Ou pode ser que isso seja uma mentira.
Qualidades: Nenhuma. Não existe no mundo pessoa mais detestável. Embora, é claro, sua capacidade de enganar as pessoas tenha lhe conferido as características "nobre", "correta" e "leal".
Defeitos: Quantos são possíveis em um ser humano? Embora, é claro, se destaquem a crueldade, a falsidade e sinuosidade de espírito como os piores.
Medos: Incrivelmente, o maior medo de sua vida é que descubram que tudo o que ela é, faz e diz é uma farsa. A possibilidade de isso acontecer a atormenta dia e noite, o que confere uma certa qualidade moral à espiral de mentiras em que ela se enfia cada vez mais.
Sonhos: Largar a faculdade e a vida burguesa que lhe é imposta pela família e viver como gostaria mesmo de viver: entre os trouxas, sem todas as complicações da magia, se divertindo a sua maneira e se especializando em sua arte. Afinal, não há espaço para atrizes no mundo bruxo, mas ela seria tão feliz se pudesse ser a atriz que gostaria no mundo trouxa. Mas que ninguém saiba disso.
Aspirações: Ser a maior atriz performática do mundo trouxa, com seu número de bufão, e se apresentar no festival de Avignon, sem usar magia alguma, só na sua raça e talento.
School Years
Academia de Magia: Deutschland Kunst und Magie Schule
Casa/Associação: Schauspielerine
Méritos Escolares: Monitora, Monitora-chefe, Prêmio Schurke de serviços prestados à escola
Curso desejado: Medi-bruxo
NIEM's obtidos nas matérias do Curso (23 pontos de distribuição, mínimo 1, máximo 6):
Poções 6
Herbologia 5
Transfiguração 6
Feitiços 6
Fraternidade desejada: Ômega Kappa
Atributos pessoais (43 pontos de distribuição, máximo 8, mínimo 1)
Força Física 2
Inteligência 7
Agilidade 6
Reflexos 8
Equilibrio 6
Influência 8
Popularidade 6
Making a Memory
A história de Juliana Frick já começa errada. Quando seus pais se uniram em matrimônio, ou mesmo quando resolveram que deveriam ter um filho não havia nenhum poro de emoção agindo no corpo deles. Ambos vindos de famílias absurdamente racionais e ricas, casaram-se porque seria bom para ambos, as fortunas se juntariam e seria criada a família mais influente do norte da Alemanha. Era um contrato que trabalhava em específico com um jogo de poderes e dinheiro. É claro que isso não foi ruim para Juliana, em absoluto. Não seria a primeira menina rica criada em um lar sem afeto. Não seria a primeira a ser largada com seus livros enquanto os pais saíam para fazer mais e mais dinheiro. E, de qualquer maneira, não era como se a família fosse totalmente desunida. Os pais eram bons amigos, animavam-se profundamente ao discutir sobre magia e sobre dinheiro e sobre sangue. O pai, Jens, especificamente, adorava Juliana. Afinal, ele era o último da família Wollstonecraft e ela herdaria o nome, continuaria a linhagem. O erro de seus pais, na verdade, foi confiar demais que o dinheiro seria suficiente para a pequena Juliana. Mais do que rapidamente, a garota foi desenvolvendo um hábito de aumentar as coisas, de distorcer algumas outras, de enganar os animais, os criados, os amigos da família, os pais. Ela simplesmente não podia evitar. E ela não queria evitar. Afinal, era boa no que fazia. Pra que se esforçar por méritos quando ela podia criar em suas cabeça todos os méritos, argumentos, capacidades, tudo isso sem fazer o menor esforço - e ainda fazer as pessoas acreditarem nisso? De certa maneira, não havia mesmo porque parar e ninguém a impedia. Fora pega mentindo pouquíssimas vezes na vida, e a sensação de frustração e vergonha que isso dava só a fazia querer melhorar sua capacidade, para não ser pega nunca mais. Os poucos méritos que acabava conquistando - não necessariamente graças à inteligência, mas graças a sua esperteza - só serviam para retificar suas muitas mentiras.Quando se deu conta de que aquilo podia ser errado, já era tarde demais. Nem ela sabia bem o que realmente acontecera em sua vida e o que era criação sua. Entrementes, o dinheiro lhe conferiu as características reais de sua personalidade, que, de tão detestáveis, ela própria se enojava, e escondia. E agia de acordo com o que se supunha que se deveria agir. E parecia uma garota tão doce, tão boa, tão correta! Quem suspeitaria então de seus sadismo, seus conflitos mal-resolvidos, sua arrogância extrema e sua falsidade? Ela era tão legal! Tão prestativa, tão leal! Ah, se eles soubessem! Mas ninguém sabia. Ninguém sabia de nada, e isso frustrava Juliana ao mesmo tempo em que a satisfazia. Tinha orgulho de ser tão misteriosa, tão impenetrável. De ser tão má em sua mente e tão boa na mente dos outros. O colégio foi uma experiência incrível - tantas pessoas acreditando, tantas pessoas vendo o que ela queria que vissem. Tinha acessos de riso quando estava sozinha. Boa aluna! Ah, se soubessem o quanto colava! Monitora! Logo ela, que era quem mais transgredia as regras! E o Prêmio Schurke, dado apenas aos mais brilhantes alunos por ações de bravura... E ninguém fazia a menor ideia de que ela não salvara aquela menina. Fora ela... Ela a deixara naquele estado, com suas próprias mãos. Que prazer sentira! O êxtase do quase matar! Nada que algumas memórias falsas e algumas mentiras não resolvessem. Tinha sido a perfeita despedida da escola...
É claro que, mais ou menos a partir dos doze anos, toda aquela vida lhe cansava sobremaneira. As maneiras que encontrava para tentar quebrar o tédio eram as mais diversas - matar pequenos animais, algumas torturas indefesas, quando mais velha, alguns hábitos sexuais ofensivos (algumas pessoas chamariam de estupro...), desrespeito às regras vigentes... Mas nunca era pega. Nunca sentia nada! Enfim, aos dezesseis anos, encontrou algo que dava sentido à sua vida, e era impressionante de se pensar que uma pessoa como ela encontraria refúgio na arte. Apenas mais uma dessas contradições do mundo. Assim como era improvável que um livro de teatro, escrito por um trouxa, estivesse na biblioteca do colégio. Mas estava, e Juliana leu-o em desespero,e desejou de todas as maneiras ser aquilo que era mostrado no livro. Foi uma época de calmaria. Sem mais violência. Ela gastava toda sua energia em descobrir meios alternativos de escapar da escola e comprar livros de teatro, e ler na surdina, e se exercitar, e atuar para os ventos, e esconder os livros trouxas que eram proibidos no colégio (era um colégio só para puro-sangues). E ela estava se tornando boa. Fugira algumas poucas vezes para se apresentar na rua, para os trouxas, nua, o corpo inteiro pintado de preto, o texto grotesco que ela mesma criara saindo de sua boca, o corpo se torcendo loucamente num controle que ela se impusera rigorosamente, os olhos vidrados. E era ovacionada. A platéia delirava. Entre os atores trouxas, o nome de Tina Wollen (seu nome artístico que lhe servia para esconder sua identidade) já era sussurrado como uma boa promessa no meio. Em fato, depois de descobrir essa paixão, Juliana não queria mais estudar. Não era correto. Ela era melhor sem magia, fazendo teatro, ela era uma pessoa menos nojenta. Jogava seus demônios no palco. Mas como faria isso? Ela... A filha da união entre as famílias Wollstonecraft e Frick? O nome lhe pesava. Os pais pesavam. E ela se encaminhou a contragosto para a faculdade, sabendo que o que quer que ela se tornasse lá, não seria nada bom. E que, assim que terminasse aquele curso sem sentido, pegaria metade da fortuna da família (porque só poderia tomar posse de sua parte da fortuna assim que se formasse), transformaria em marcos e sumiria no mundo, finalmente transformada em Tina Wolle. Mentiria para seu próprio bem.
“Eu Elisa Cavalieri, li e concordo com as regras gerais do Poor Caravell. Responsabilizo-me por todas as atitudes do meu personagem, Juliana Frick, e estou de acordo com a participação do mesmo em possíveis situações impostas pelo narrador, de forma a contribuir com a trama central”